Mielopatia cervical

A mielopatia espondilótica cervical é uma disfunção da medula espinhal relacionada à degeneração típica do envelhecimento. Acredita-se que essa disfunção medular ocorra por conta de alterações degenerativas da coluna cervical com diminuição do diâmetro do canal vertebral e consequente compressão dos tratos medulares e/ou por isquemia em decorrência da obstrução de vasos sanguíneos ou microcirculação.

O quadro clínico geralmente é composto por:

• Fraqueza progressiva;
• Hiperreflexia;
• Alteração da marcha;
• Alterações da sensibilidade (especificamente propriocepção).

É a causa mais comum de comprometimento medular cervical em adultos. A prevalência exata é desconhecida, mas sabe-se que acomete mais o sexo masculino, em pacientes na quinta/sexta década de vida.

O tratamento da mielopatia cervical na maioria das vezes é cirúrgico, porém, a decisão de se realizar uma descompressão por via anterior, posterior ou combinada continua sendo foco de diversas discussões, devendo ser levados em consideração diversos fatores como:

• Idade do paciente;
• Principal local de compressão;
• Número de níveis acometidos;
• Presença ou não de cifose cervical;
• Ossificação do ligamento longitudinal posterior.

Médico formado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, fascinado pelo mundo da neurocirurgia e neurociências desde o início da graduação. Realizei residência médica em Neurocirurgia pela Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto - SP.

Possuo título de especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e Associação Médica Brasileira (AMB) e aperfeiçoamento em cirurgia de base de crânio pela Weill Cornell Medical Center / NewYork-Presbyterian Hospital (2018) e pela Federal Centre of Neurosurgery - Tyumen, Russia (2019).

Atualmente Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e Acadêmia Brasileira de Neurocirurgia (ABNc).